ANTIGOTRIZ (Teatro)
Anne Carson
Décimo primeiro título da colecção de teatro que a Companhia das Ilhas tem vindo a concretizar em parceria com o Teatro da Rainha. Dela, diz o encenador Fernando Mora Ramos: « Será a peça de Carson um resumo da peça de Sófocles? Não, seria disparate dizê-lo. E por que razão? Porque, tratando-se da revisitação de um clássico, não se reduz à síntese mas, pelo contrário, incute-lhe uma actualidade, uma vivacidade, particularmente na linguagem entremeada de tradução directa do grego e coloquialidades próximas, de tal forma que nessa sobreposição dos dois tempos, nesse trânsito, estamos de repente a ver próximo, nosso — também na densidade psíquica das figuras —, um “material” com cerca de dois mil e quinhentos anos. Esse efeito de actualidade através da linguagem e da substância das figuras tecida nas relações, de exemplificações que pertencem a um tempo histórico que não é o da peça original — Carson socorre-se das peças de Žižek, Brecht, Anouilh para reelaborar a sua, aplicando uma “bibliografia” textual na trama — acaba por trazer o clássico ao nosso presente.»
Tradução de Isabel Lopes (professora da ESEC)
Anne Carson
Décimo primeiro título da colecção de teatro que a Companhia das Ilhas tem vindo a concretizar em parceria com o Teatro da Rainha. Dela, diz o encenador Fernando Mora Ramos: « Será a peça de Carson um resumo da peça de Sófocles? Não, seria disparate dizê-lo. E por que razão? Porque, tratando-se da revisitação de um clássico, não se reduz à síntese mas, pelo contrário, incute-lhe uma actualidade, uma vivacidade, particularmente na linguagem entremeada de tradução directa do grego e coloquialidades próximas, de tal forma que nessa sobreposição dos dois tempos, nesse trânsito, estamos de repente a ver próximo, nosso — também na densidade psíquica das figuras —, um “material” com cerca de dois mil e quinhentos anos. Esse efeito de actualidade através da linguagem e da substância das figuras tecida nas relações, de exemplificações que pertencem a um tempo histórico que não é o da peça original — Carson socorre-se das peças de Žižek, Brecht, Anouilh para reelaborar a sua, aplicando uma “bibliografia” textual na trama — acaba por trazer o clássico ao nosso presente.»
Tradução de Isabel Lopes (professora da ESEC)
Anne Carson
Décimo primeiro título da colecção de teatro que a Companhia das Ilhas tem vindo a concretizar em parceria com o Teatro da Rainha. Dela, diz o encenador Fernando Mora Ramos: « Será a peça de Carson um resumo da peça de Sófocles? Não, seria disparate dizê-lo. E por que razão? Porque, tratando-se da revisitação de um clássico, não se reduz à síntese mas, pelo contrário, incute-lhe uma actualidade, uma vivacidade, particularmente na linguagem entremeada de tradução directa do grego e coloquialidades próximas, de tal forma que nessa sobreposição dos dois tempos, nesse trânsito, estamos de repente a ver próximo, nosso — também na densidade psíquica das figuras —, um “material” com cerca de dois mil e quinhentos anos. Esse efeito de actualidade através da linguagem e da substância das figuras tecida nas relações, de exemplificações que pertencem a um tempo histórico que não é o da peça original — Carson socorre-se das peças de Žižek, Brecht, Anouilh para reelaborar a sua, aplicando uma “bibliografia” textual na trama — acaba por trazer o clássico ao nosso presente.»
Tradução de Isabel Lopes (professora da ESEC)