Vozes das Mulheres de Timor-Leste
Teresa Cunha
Os vinte e quatro anos de guerra foram, tanto para as mulheres, como para os homens de Timor-Leste, um amargo período de sofrimento. É a partir deste contexto sociopolítico que se procura desocultar e validar as palavras e os conhecimentos de mulheres, na presente fase de pós-conflito pós-colonial e de construção nacional.
Não é fácil ouvir as mulheres timorenses. A convicção da autora é que essa dificuldade reside no facto de nelas se sobreporem múltiplos colonialismos. A guerra e o sexismo têm organizado e sistematizado um silêncio rigoroso sobre muitas coisas e pessoas, mas sobretudo sobre as mulheres. Mais do que isso, têm tornado impossível para muitas mulheres o uso da palavra nem que fosse para, depois, ser silenciada. Desarmar as mulheres das suas próprias palavras, do poder de nomear, de enunciar, é a criação da inexistência. É muito mais do que discriminar e ignorar: é epistemicídio, é a mutilação da história e a obliteração da humanidade.
Neste trabalho a autora não procura estabelecer o discurso feminista sobre a construção da paz em Timor-Leste, mas antes resgatar, em pleno processo de reconstrução pós-bélica, o que tem sido dito mas também o que tem sido silenciado. Este exercício é a forma que escolheu para contribuir para a construção de alternativas, a partir da imaginação incomensurável das comunidades humanas.
Teresa Cunha
Os vinte e quatro anos de guerra foram, tanto para as mulheres, como para os homens de Timor-Leste, um amargo período de sofrimento. É a partir deste contexto sociopolítico que se procura desocultar e validar as palavras e os conhecimentos de mulheres, na presente fase de pós-conflito pós-colonial e de construção nacional.
Não é fácil ouvir as mulheres timorenses. A convicção da autora é que essa dificuldade reside no facto de nelas se sobreporem múltiplos colonialismos. A guerra e o sexismo têm organizado e sistematizado um silêncio rigoroso sobre muitas coisas e pessoas, mas sobretudo sobre as mulheres. Mais do que isso, têm tornado impossível para muitas mulheres o uso da palavra nem que fosse para, depois, ser silenciada. Desarmar as mulheres das suas próprias palavras, do poder de nomear, de enunciar, é a criação da inexistência. É muito mais do que discriminar e ignorar: é epistemicídio, é a mutilação da história e a obliteração da humanidade.
Neste trabalho a autora não procura estabelecer o discurso feminista sobre a construção da paz em Timor-Leste, mas antes resgatar, em pleno processo de reconstrução pós-bélica, o que tem sido dito mas também o que tem sido silenciado. Este exercício é a forma que escolheu para contribuir para a construção de alternativas, a partir da imaginação incomensurável das comunidades humanas.
Teresa Cunha
Os vinte e quatro anos de guerra foram, tanto para as mulheres, como para os homens de Timor-Leste, um amargo período de sofrimento. É a partir deste contexto sociopolítico que se procura desocultar e validar as palavras e os conhecimentos de mulheres, na presente fase de pós-conflito pós-colonial e de construção nacional.
Não é fácil ouvir as mulheres timorenses. A convicção da autora é que essa dificuldade reside no facto de nelas se sobreporem múltiplos colonialismos. A guerra e o sexismo têm organizado e sistematizado um silêncio rigoroso sobre muitas coisas e pessoas, mas sobretudo sobre as mulheres. Mais do que isso, têm tornado impossível para muitas mulheres o uso da palavra nem que fosse para, depois, ser silenciada. Desarmar as mulheres das suas próprias palavras, do poder de nomear, de enunciar, é a criação da inexistência. É muito mais do que discriminar e ignorar: é epistemicídio, é a mutilação da história e a obliteração da humanidade.
Neste trabalho a autora não procura estabelecer o discurso feminista sobre a construção da paz em Timor-Leste, mas antes resgatar, em pleno processo de reconstrução pós-bélica, o que tem sido dito mas também o que tem sido silenciado. Este exercício é a forma que escolheu para contribuir para a construção de alternativas, a partir da imaginação incomensurável das comunidades humanas.