Eu Tituba, Bruxa... Negra de Salem
Maryse Condé
A minha mãe chorou por eu não ser um rapaz. Parecia-lhe que a sorte das mulheres era ainda mais dolorosa do que a dos homens. Para se livrar da sua condição, não tinham elas de passar pelas vontades desses mesmos, que as mantinham em servidão, e de dormir nas suas camas? Yao, pelo contrário, ficou contente. Pegou-me com as suas grandes mãos ossudas e ungiu-me a testa com o sangue fresco de um frango depois de ter enterrado a placenta da minha mãe debaixo de uma mafumeira. Em seguida, segurando-me pelos pés, apresentou o meu corpo aos quatro cantos do horizonte. Foi ele que me deu o nome: Tituba. Ti-Tu-Ba.
Maryse Condé
A minha mãe chorou por eu não ser um rapaz. Parecia-lhe que a sorte das mulheres era ainda mais dolorosa do que a dos homens. Para se livrar da sua condição, não tinham elas de passar pelas vontades desses mesmos, que as mantinham em servidão, e de dormir nas suas camas? Yao, pelo contrário, ficou contente. Pegou-me com as suas grandes mãos ossudas e ungiu-me a testa com o sangue fresco de um frango depois de ter enterrado a placenta da minha mãe debaixo de uma mafumeira. Em seguida, segurando-me pelos pés, apresentou o meu corpo aos quatro cantos do horizonte. Foi ele que me deu o nome: Tituba. Ti-Tu-Ba.
Maryse Condé
A minha mãe chorou por eu não ser um rapaz. Parecia-lhe que a sorte das mulheres era ainda mais dolorosa do que a dos homens. Para se livrar da sua condição, não tinham elas de passar pelas vontades desses mesmos, que as mantinham em servidão, e de dormir nas suas camas? Yao, pelo contrário, ficou contente. Pegou-me com as suas grandes mãos ossudas e ungiu-me a testa com o sangue fresco de um frango depois de ter enterrado a placenta da minha mãe debaixo de uma mafumeira. Em seguida, segurando-me pelos pés, apresentou o meu corpo aos quatro cantos do horizonte. Foi ele que me deu o nome: Tituba. Ti-Tu-Ba.