Oriente Próximo
Alexandra Lucas Coelho
«Oriente Próximo, o primeiro livro que publiquei, é um volume de não-ficção sobre Israel/Palestina, situado entre 2005 e 2007. Muito mudou desde então, e dramaticamente a 7 de Outubro de 2023, com o ataque do Hamas no Sul de Israel. Mas o que vivemos agora já se anunciava nestas páginas. Elas passam a guardar a origem do que está a acontecer e o que desapareceu entretanto. O mesmo livro, revisto quanto a redacção e paginação, agora com mapa e índice onomástico.
Termino a revisão ao voltar de um mês de reportagem na Cisjordânia Ocupada, no Estado de Israel e em Jerusalém. A Faixa de Gaza continua interdita a jornalistas de fora (com excepção dos inseridos nas forças israelitas, mediante censura), após mais de 100 dias de bombardeamentos que mataram dezenas de repórteres palestinianos. Mais de dois milhões de pessoas estão a morrer à fome, no meio de destroços e doença (incluindo cerca de 130 reféns israelitas). E o mundo continua incapaz de impor o cessar-fogo.
Uma tragédia sem precedentes. Em Israel/Palestina, mas também para o jornalismo, para as convenções e organizações de Direitos Humanos. Para a Europa, de que estas fronteiras são filhas. Para o que significa estar vivo em conjunto. O verso de Tom Waits que em 2007 escolhi para epígrafe parece fazer mais sentido do que nunca: Maybe God himself he needs all of our help.
Os direitos de autor relativos a esta edição foram já entregues à família do meu tradutor e anfitrião de muitas reportagens em Gaza, como as aqui publicadas.»
Alexandra Lucas Coelho
«Oriente Próximo, o primeiro livro que publiquei, é um volume de não-ficção sobre Israel/Palestina, situado entre 2005 e 2007. Muito mudou desde então, e dramaticamente a 7 de Outubro de 2023, com o ataque do Hamas no Sul de Israel. Mas o que vivemos agora já se anunciava nestas páginas. Elas passam a guardar a origem do que está a acontecer e o que desapareceu entretanto. O mesmo livro, revisto quanto a redacção e paginação, agora com mapa e índice onomástico.
Termino a revisão ao voltar de um mês de reportagem na Cisjordânia Ocupada, no Estado de Israel e em Jerusalém. A Faixa de Gaza continua interdita a jornalistas de fora (com excepção dos inseridos nas forças israelitas, mediante censura), após mais de 100 dias de bombardeamentos que mataram dezenas de repórteres palestinianos. Mais de dois milhões de pessoas estão a morrer à fome, no meio de destroços e doença (incluindo cerca de 130 reféns israelitas). E o mundo continua incapaz de impor o cessar-fogo.
Uma tragédia sem precedentes. Em Israel/Palestina, mas também para o jornalismo, para as convenções e organizações de Direitos Humanos. Para a Europa, de que estas fronteiras são filhas. Para o que significa estar vivo em conjunto. O verso de Tom Waits que em 2007 escolhi para epígrafe parece fazer mais sentido do que nunca: Maybe God himself he needs all of our help.
Os direitos de autor relativos a esta edição foram já entregues à família do meu tradutor e anfitrião de muitas reportagens em Gaza, como as aqui publicadas.»
Alexandra Lucas Coelho
«Oriente Próximo, o primeiro livro que publiquei, é um volume de não-ficção sobre Israel/Palestina, situado entre 2005 e 2007. Muito mudou desde então, e dramaticamente a 7 de Outubro de 2023, com o ataque do Hamas no Sul de Israel. Mas o que vivemos agora já se anunciava nestas páginas. Elas passam a guardar a origem do que está a acontecer e o que desapareceu entretanto. O mesmo livro, revisto quanto a redacção e paginação, agora com mapa e índice onomástico.
Termino a revisão ao voltar de um mês de reportagem na Cisjordânia Ocupada, no Estado de Israel e em Jerusalém. A Faixa de Gaza continua interdita a jornalistas de fora (com excepção dos inseridos nas forças israelitas, mediante censura), após mais de 100 dias de bombardeamentos que mataram dezenas de repórteres palestinianos. Mais de dois milhões de pessoas estão a morrer à fome, no meio de destroços e doença (incluindo cerca de 130 reféns israelitas). E o mundo continua incapaz de impor o cessar-fogo.
Uma tragédia sem precedentes. Em Israel/Palestina, mas também para o jornalismo, para as convenções e organizações de Direitos Humanos. Para a Europa, de que estas fronteiras são filhas. Para o que significa estar vivo em conjunto. O verso de Tom Waits que em 2007 escolhi para epígrafe parece fazer mais sentido do que nunca: Maybe God himself he needs all of our help.
Os direitos de autor relativos a esta edição foram já entregues à família do meu tradutor e anfitrião de muitas reportagens em Gaza, como as aqui publicadas.»