Um Fado Atlântico
Manuella Bezerra de Melo
“há os poucos que perguntam de onde sou, o que faço aqui, normalmente as mulheres que, vez por outra, vem a seus papéis de esposa a constranger a imigrante da colonia que serve pratos aos maridos todos os dias.
Respondo com educação, sucinta, calada, econômica.
Quem era ela, econômica nas palavras.
Evito olhar nos olhos para não ser mal interpretada. Respondo olhando para o chão, porque é para o chão olham as empregadas de mesa, e para onde devem olhar, é assim que rege o estatuto internacional deste ofício, principalmente o estatuto das imigrantes que servem mesas em tascas.”
Manuella Bezerra de Melo
“há os poucos que perguntam de onde sou, o que faço aqui, normalmente as mulheres que, vez por outra, vem a seus papéis de esposa a constranger a imigrante da colonia que serve pratos aos maridos todos os dias.
Respondo com educação, sucinta, calada, econômica.
Quem era ela, econômica nas palavras.
Evito olhar nos olhos para não ser mal interpretada. Respondo olhando para o chão, porque é para o chão olham as empregadas de mesa, e para onde devem olhar, é assim que rege o estatuto internacional deste ofício, principalmente o estatuto das imigrantes que servem mesas em tascas.”
Manuella Bezerra de Melo
“há os poucos que perguntam de onde sou, o que faço aqui, normalmente as mulheres que, vez por outra, vem a seus papéis de esposa a constranger a imigrante da colonia que serve pratos aos maridos todos os dias.
Respondo com educação, sucinta, calada, econômica.
Quem era ela, econômica nas palavras.
Evito olhar nos olhos para não ser mal interpretada. Respondo olhando para o chão, porque é para o chão olham as empregadas de mesa, e para onde devem olhar, é assim que rege o estatuto internacional deste ofício, principalmente o estatuto das imigrantes que servem mesas em tascas.”