VOCÊ NUNCA MAIS VAI FICAR SOZINHA (bolso)

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Tati Bernardi

Quando anunciou à mãe que estava grávida de uma menina, Karine, 35 anos, nascida numa família disfuncional do Belenzinho, ouviu esta frase: «Você nunca mais vai ficar sozinha.» Se isto lhe soa a promessa de felicidade eterna ou a prisão perpétua, varia consoante o dia e o exame marcado na longa rotina pré‑natal.

Num romance com altas doses de humor, neurose, cinismo e humanidade, Karine vai conversando com a enfermeira sobre traumas de infância, o medo do fim – da juventude, da liberdade, da individualidade –, a solidão, o peso do corpo e das expectativas, a intensa relação com a mãe e o complexo, assustador e comovente caminho para a maternidade.

«Não sou daquelas grávidas saltitantes, não me tornei um unicórnio alado da alegria suprema. Amo esse filho, amarei esse filho. Falo pras pessoas que com tanto mal‑estar e cansaço e prisão de ventre nem uma dessas mocinhas bem bobas e leves e ‘apaixonadas pela vida’ permaneceria solar. Mas é mais do que isso.»

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Tati Bernardi

Quando anunciou à mãe que estava grávida de uma menina, Karine, 35 anos, nascida numa família disfuncional do Belenzinho, ouviu esta frase: «Você nunca mais vai ficar sozinha.» Se isto lhe soa a promessa de felicidade eterna ou a prisão perpétua, varia consoante o dia e o exame marcado na longa rotina pré‑natal.

Num romance com altas doses de humor, neurose, cinismo e humanidade, Karine vai conversando com a enfermeira sobre traumas de infância, o medo do fim – da juventude, da liberdade, da individualidade –, a solidão, o peso do corpo e das expectativas, a intensa relação com a mãe e o complexo, assustador e comovente caminho para a maternidade.

«Não sou daquelas grávidas saltitantes, não me tornei um unicórnio alado da alegria suprema. Amo esse filho, amarei esse filho. Falo pras pessoas que com tanto mal‑estar e cansaço e prisão de ventre nem uma dessas mocinhas bem bobas e leves e ‘apaixonadas pela vida’ permaneceria solar. Mas é mais do que isso.»

Tati Bernardi

Quando anunciou à mãe que estava grávida de uma menina, Karine, 35 anos, nascida numa família disfuncional do Belenzinho, ouviu esta frase: «Você nunca mais vai ficar sozinha.» Se isto lhe soa a promessa de felicidade eterna ou a prisão perpétua, varia consoante o dia e o exame marcado na longa rotina pré‑natal.

Num romance com altas doses de humor, neurose, cinismo e humanidade, Karine vai conversando com a enfermeira sobre traumas de infância, o medo do fim – da juventude, da liberdade, da individualidade –, a solidão, o peso do corpo e das expectativas, a intensa relação com a mãe e o complexo, assustador e comovente caminho para a maternidade.

«Não sou daquelas grávidas saltitantes, não me tornei um unicórnio alado da alegria suprema. Amo esse filho, amarei esse filho. Falo pras pessoas que com tanto mal‑estar e cansaço e prisão de ventre nem uma dessas mocinhas bem bobas e leves e ‘apaixonadas pela vida’ permaneceria solar. Mas é mais do que isso.»

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