Divisão da alegria

€ 14,90

Raquel Nobre Guerra

O que significa «divisão da alegria»? Um gesto franciscano (a que não faltam idílios campestres, nem uma gata chamada Ninotchka); uma alusão às canções sem alegria de Ian Curtis; os prazeres quotidianos; o inquebrantável contingente dos amigos; aquilo que vem depois do luto; ou a própria tarefa do poeta, «príncipe das metades»? Divisão da Alegria, o livro mais extenso e mais expansivo de Raquel Nobre Guerra, nunca divide por completo a alegria daquilo que não é alegre. «Tenho saudades de quando a poesia era directa», escreve a autora, mas logo verificamos que dizer directamente as coisas pode ser dizê‑las com a franqueza lúdica de um Frank O’Hara, com a densidade oblíqua do pensamento filosófico, ou com a obscuridade quase intransmissível de certas epifanias e cumplicidades. Se estes poemas são directos é na medida em que há neles uma «gravidade»: gravidade enquanto gravitas e enquanto força que atrai os objectos. Não se trata de dividir a alegria no sentido de tê‑la já e depois distribuí‑la, mas de tentar entender, com um admirável ânimo, em quantas partes diferentes a alegria se divide.

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Raquel Nobre Guerra

O que significa «divisão da alegria»? Um gesto franciscano (a que não faltam idílios campestres, nem uma gata chamada Ninotchka); uma alusão às canções sem alegria de Ian Curtis; os prazeres quotidianos; o inquebrantável contingente dos amigos; aquilo que vem depois do luto; ou a própria tarefa do poeta, «príncipe das metades»? Divisão da Alegria, o livro mais extenso e mais expansivo de Raquel Nobre Guerra, nunca divide por completo a alegria daquilo que não é alegre. «Tenho saudades de quando a poesia era directa», escreve a autora, mas logo verificamos que dizer directamente as coisas pode ser dizê‑las com a franqueza lúdica de um Frank O’Hara, com a densidade oblíqua do pensamento filosófico, ou com a obscuridade quase intransmissível de certas epifanias e cumplicidades. Se estes poemas são directos é na medida em que há neles uma «gravidade»: gravidade enquanto gravitas e enquanto força que atrai os objectos. Não se trata de dividir a alegria no sentido de tê‑la já e depois distribuí‑la, mas de tentar entender, com um admirável ânimo, em quantas partes diferentes a alegria se divide.

Raquel Nobre Guerra

O que significa «divisão da alegria»? Um gesto franciscano (a que não faltam idílios campestres, nem uma gata chamada Ninotchka); uma alusão às canções sem alegria de Ian Curtis; os prazeres quotidianos; o inquebrantável contingente dos amigos; aquilo que vem depois do luto; ou a própria tarefa do poeta, «príncipe das metades»? Divisão da Alegria, o livro mais extenso e mais expansivo de Raquel Nobre Guerra, nunca divide por completo a alegria daquilo que não é alegre. «Tenho saudades de quando a poesia era directa», escreve a autora, mas logo verificamos que dizer directamente as coisas pode ser dizê‑las com a franqueza lúdica de um Frank O’Hara, com a densidade oblíqua do pensamento filosófico, ou com a obscuridade quase intransmissível de certas epifanias e cumplicidades. Se estes poemas são directos é na medida em que há neles uma «gravidade»: gravidade enquanto gravitas e enquanto força que atrai os objectos. Não se trata de dividir a alegria no sentido de tê‑la já e depois distribuí‑la, mas de tentar entender, com um admirável ânimo, em quantas partes diferentes a alegria se divide.

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